terça-feira, maio 30, 2006


Sento-me aqui...
Neste degrau de pedra envelhecido pelos tempos...
É áspero, fruto dos anos de vida...
Conhecido por muitos inicios de namoro
Conversas banais, divórcios e muito, muito mais...
Sento-me aqui...Fico a olhar o mar...
A pensar em tudo o que vivi e no que estará para chegar...
Sento-me aqui a pensar...
Se este degrau falasse, muito haveria de contar...
Sento-me aqui...E penso...penso em ti...
Nos momentos vividos...Nos risos marados..
Nas conversas que tivémos...De quando nos separámos...
A brisa é tão leve...Deixo-me ficar...
Olho o horizonte e sorrio para o mar...
Sento-me aqui...Mas começo a ficar triste...
Lembro as nossas conversas...Lembro- me que partiste...
Sento-me aqui...E peço-te desculpa...
Embora em pensamento...
Não quero ficar com nenhuma culpa...
Desculpa...
Não têr feito o que pediste...Ter-te perdido foi cruel...
Não me magoes mais... Ainda te sinto na minha pele
Sento-me aqui...no "nosso" degrau de pedra...
E peço-te mais uma vez em pensamento: Perdão
Por não ter ido nessa viagem...Mas o destino foi mais forte...
Não me queria contigo...
Essas ondas que te levaram...Ainda bailam no mar...
Consigo vêr o teu sorriso...
Quase te consigo beijar...
Venho aqui a este lugar...Sempre que me dá saudade...
Fecho os olhos e imagino...Que não é realidade...
E vou-me deixando ficar...Horas e horas assim...
Vou deitando para o papel
Tudo o que sinto por ti...
Não me esqueças meu amor...
Eu nunca te esquecerei
E quando nessas ondas mergulhar
Sei que te abraçarei...

Apresentação...

Informo todos os que quiserem comparecer no dia 4 de Junho de 2006 pelas 21h30m em Óbidos no bar "O Lagar da Mouraria", terão a oportunidade de adquirir o livro "Flores Negras em Forma de Rosas" acompanhado com uma surpresa, pois será nesse dia, a sua apresentação.
Quem por motivos pessoais ou outros não puder comparecer, informo desde já que poderá adquirir o livro através deste blog ou e-mail, pois, o mesmo já se encontra disponivel para venda.

Obrigado a todos!

quarta-feira, maio 24, 2006


Deixa-me...larga-me
Hoje não quero beijos, não quero carícias
Não quero sexo, não quero nada...
Hoje não me apetece fingir que me apetece
Não quero saber como foi o teu dia,
Não quero saber com com falaste, com quem discutiste
Não quero saber com quem estiveste antes de vires para casa
Não quero saber do chupão que trazes no pescoço...
Não quero saber do cabelo desgredenhado...do batôn no colarinho...
Não quero nada...Quero apenas paz...
Quero apenas sentir que existo, pelo menos para mim...
Chega...chega de mentiras, de sorrisos e risos
De coisas mal ditas, de coisas que ficaram por dizer
De coisas que me fazem sofrer..
Hoje não quero nada...Quero apenas ficar assim
Como estou...na solidão de mim própria...
Na solidão do meu ser...Quero ficar assim..Impenetrável
Larga-me...Não ouves o que te digo?
Tira esse teu braço de cima de mim...Chega-te para lá...
Deixa-me...deixa-me em paz..Já nem te estou a ouvir
Por mais que fales, as palavras tropeçam na minha mente
Não ouço nada..Desliguei o botão de recepção...
Quero ficar assim...Aninhada em mim mesma..
Quero sentir-me viva...pelo menos para mim...
Hoje não me apetece...



Digam-me lá o que é que acham do meu aquário de água salgada...Vá...digam lá..
É que isto de levar o trabalho para casa, tem destas coisas. Começamos por um aquário de 50cm, passamos para um de 60cm, de pois para um de 80cm e por fim...rendemos-nos e temos de montar um de 2,20m. Enfim...é o que acontece quando se gosta daquilo que se faz!!!

terça-feira, maio 23, 2006



Ah... preciso de sentir-te
A entrar em minhas veias
A extasiar-me de loucura
Deixas-me assim...
Onde estás quando preciso
Quero-te mais que à própria vida
Que já não é vida, já não é nada...
Preciso de ti mais do que comida
Mais do que um banho
Mais do que uma carícia
Procuro-te...mas onde estás?
Preciso de ti AGORA
Porra! Não me ouves?
Não vês que estou a sofrer?
Não aguento...estou a morrer
Não posso mais andar
Estou presa ao chão
Onde me contorço com dores
Não vês o que estás a fazer?
Não posso gritar
Estou muda de tanto falar
Não vês como me deixas?
Não posso ouvir
Estou surda de tanto gritar
Não vês? Insensível!
Porra! Isto dói! Dói muito!
Preciso de ti AGORA
Ou então...não venhas
Deixa-me ficar aqui
Como um zombie
Que não merece re-encarnação
Que não merece nada
Nem mesmo um pedaço de pão
Deixa-me...ficar aqui no chão...
Não vou mais esperar
Que me venhas salvar...
Vou-me deixar ficar
Até que a morte me venha buscar
No domingo de manhã, o pessoal lá em casa levantou-se muito cedo. Estavam todos com "fogo no cú" para ir para Monsanto. Claro que , impus logo que passassemos primeiro pelos pastéis de Belém ,pois, tinhamos cá uns amigos de Badajoz que ainda não tinham provado tal maravilha. Claro que às 9 da manhã, os pastéis de Belém já estavam a abarrotar de pessoas, mas lá nos arranjaram umas mesas. Foi um delírio, todos adoraram e eu, claro está, não me roguei a comer dois pastelitos. Saímos dos pastéis rumo a Monsanto. Pelo caminho ainda encontrámos uma vaca verde. É verdade...verde!
Mas vacas à parte, lá seguimos para o tão esperado desafio Skip! E não é que foi mesmo um desafio? Tínhamos de completar uma série de dasafios, para no fim ser-nos entregue um prémio. Disse logo: venho aqui para me divertir, não para ganhar alguma coisa. Se não fizermos os desafios todos, não fazemos. O importante é aproveitar o tempo que vamos aqui estar. O meu filho mais velho não ficou muito contente com o não ganhar o prémio, mas ao fim de quase 2 horas em filas de espera, e tendo feito apenas 2 desafios, já dizia: mãe vamos embora! E assim foi. Ao fim de umas horitas, fomo às bifanas. Quando já estávamos a preparar-nos para vir para o carro, o meu filhote pequenino quis fazer cócó. Pois...e wc's? O meu marido agarrou no miúdo e foram à procura de wc. Encontrou-o ao fim de uns 15 minutos a andar a pé. O miúdo já estava super aflito. Aguenta mais um bocadinho, dizia o pai.
Já o pai super cansado e o miudo também, encontram 3 wc's. Ufa! Aleluia! Pois...os wc's não estavam em funcionamento. Estavam em manutenção. O meu marido, lá foi ter com o pessoal do Skip e perguntou se havia mais wc's, ao qual responderam que não. Ele explicou a situação e uma senhora que estava a ouvir a conversa, deu-lhes papel e lá foram os dois para a mata.
Pois é...o meu filhote teve de ir fazer o cócó à mata!

Como é que é possivel, que num evento deste tamanho, com centenas e centenas de pessoas, incluindo milhares de crianças, não tenha mais wc's em funcionamento, e tenha apenas 3 wc's para tantas pessoas. É uma autênctica vergonha!!!
Desafio ??? Mas que desafio!!!

sexta-feira, maio 19, 2006

Fim de semana

Este post é só para relembrar os papás e mamãs que este fim de semana há actividades para as crianças no parque de Monsanto! Para as crianças e para os papás. Se for como o ano passado vai ser muuuuuuuuito divertido, acreditem!
Não se esqueçam de agarrar nos filhotes e ir, ok?
Eu vou!

quinta-feira, maio 18, 2006


E foi nessa tarde de chuva, que ela se deu conta de que não valeria de nada lutar.
Foi até à janela da sala, desviou os cortinados e olhou o céu. Estava cinzento, com aspecto de que iria trovejar imenso durante a noite. Alguns pingos de chuva caíam e batiam no parapeito da janela. Sorriu e uma lágrima correu.
Ligou a televisão, deitou-se no sofá e pôs pelas pernas uma colcha que tinha feito há 30 anos.
Na televisão estava a dar um programa do género ponto de encontro. Emocionou-se muito e chorou, chorou muito.
Sentia-se cansada de lutar...
Levantou-se, foi até à cozinha e pôs a chaleira ao lume. Tirou do armário uma caneca que dizia "Love You Mummy" e lembrou-se do dia em que a filha lha ofereceu junto com um postal do Dia da Mãe. Foi há tantos anos...recordou...
A chaleira começou a apitar, e ela desligou o gás, pôs açucar na caneca, um pacote de chá de camomila e despejou a água a ferver. Sentiu o cheiro do chá...Há tantos anos que tomava o mesmo chá e não se lembrava do cheirinho delicioso que dele emanava.
Pegou num pacote de bolachas e dirigiu-se para a sala. O programa que tinha estado a vêr momentos antes, tinha acabado. Mudou de canal uma, duas, três vezes e nada do que estava a dar lhe despertava interesse. Pegou numa cassete de vídeo que tinha sempre na mesa da sala, e pô-la no vídeo. Por momentos chegou a pensar em não vêr, mas decidiu que tinha de vêr o filme.
Era um video caseiro já com alguns anos. O vídeo mostrava imagens da familia reunida. Nessa altura a filha ainda estava viva. Chorou, chorou muito e desejou poder morrer naquele instante...
Ficou horas a vêr o filme e sempre que a imagem da filha aparecia, punha em pausa e chorava..chorava muito...
Queria ter forças para fazer justiça pelas próprias mãos. Era tão linda, tão novinha...dizia para consigo. Mas agora...continuou a dizer...já tinham passados tantos anos, ela estava velha e cansada...não poderia fazer nada.
Relembrou os meses anteriores à morte da filha com muita angústia. Relembrou o namoro dela com o rapaz da rua em frente e de como eles eram felizes. Mas...nem sempre as coisas são como planeamos...disse em voz alta.
Relembrou o dia em que chegou a casa e encontrou a filha banhada em sangue. Relembrou o telefonema para a policia, e o ter tentado estancar o sangue com um pano. Tudo em vão...disse num tom de revolta.
O culpado nunca chegou a ser preso. Por falta de provas! Disse com revolta. Provas? Mais provas do que as cartas ameaçadoras que ele lhe escrevia? Malvado! Assassino!
Desligou o vídeo. Estava cansada de tanta mágoa, de tanta raiva! Queria morrer ali, já!
Acabou de beber o chá, pousou a caneca no chão e deixou-se ficar deitada a ouvir a chuva que agora batia com bastante força nos vidros das janelas. Fechou os olhos e na boca conseguia ver-se um sorriso amarelo.
No dia seguinte, quando o filho chegou a casa depois de 12horas de banco no hospital, viu a mãe deitada. Aconchegou-lhe a manta e deu-lhe um beijo. Notou que a mãe estava gelada. Pensou o pior. E era mesmo o pior que tinha acontecido...A mãe estava morta.
Na mão esquerda tinha uma folha de papel amarrotada, que ele conseguiu tirar a muito custo. Abriu a folha e leu: Se estás a lêr estas linhas é porque estou morta. Mas não fiques triste, é sinal de que a tua irmã, a minha adorada filha, me veio buscar. Não chores. Estou feliz e quero que te sintas feliz por mim. Cheguei ao céu. Desta mãe que te ama muito: Céu.
Como sabem, dia 1 de Junho é dia da criança, e como tal, na escolinha de ATL dos meus filhotes, esse dia é dedicado a eles: Os pais (alguns, né?) juntam-se aos educadores e fazemos peças de teatro, cantamos, fazemos palhaçadas e as crianças deliram!
O ano passado foi muito engraçado, pois, fizemos a história da carochinha, em que me calhou o papel de...adivinhem...árvore falante! É verdade...foi uma história da carochinha com uma árvora falante e um palhaço trapalhão (o meu marido).
Depois, demos um concerto, e fizemos imensas coisas...As crianças deliraram!
Ora, este ano, lembraram-se de fazer uma peça de teatro, baseada no menino Tonecas. Pois! Esse mesmo! E adivinhem a quem calhou escrever a peça? A moi! Pois! É que desde que descobriram que escrevo poemas, acharam que era boa ideia aqui a Je escrever também a peça!
Bem...quarta feira à noite começam os ensaios, e até lá vou ter de "inventar" muitas falas, por isso, não me vou prolongar mais.
Depois de certeza que postarei aqui umas fotos das "peças". Sim, peças porque também vamos fazer uma passada na quinta do Ti Manel, em que "quase" de certeza irei fazer de ovelha ou outro animal quadrúpede.... ;)

terça-feira, maio 16, 2006

Ah pois é!!!!
Que tal passarem por:
http://www.grapheine.com/bombaytv/play_uk.php?id=1208910

Hoje gostava de poder dar-te a mão e partirmos...Para onde? Não sei...
Não importava para onde, apenas que fosse para fugir desta rotina, que não é citadina, mas acaba por ser...Fugir do frenesim, da confusão, das caras desmacaradas, dos rostos sem feição...
Fugir dos olhares fingidos, dos corpos contorcidos, engravatados ou não...
Fugir dos sorrisos rasgados enganadores aguçados que pairam na confusão...
Poder beber água de uma fonte cristalina, dar um mergulho numa cachoeira, sem roupa, ou com roupa, isso não era importante...Comer fruta acabada de apanhar, beber de ti a e relaxar...
Fugir do calor castrador que me corta os movimentos, da chuva molha parvos, que molha tanta gente...Fugir...da realidade, da verdade, matar saudade...de ser diferente no meio de tanta gente... Querer estar presente com a alma ausente...
Hoje gostava de ficar assim contigo...sem passado, sem presente...só o agora...
Era tão bom...Gostava de agarrar em ti, pôr-te no carro, rosto tapado...e partir sem destino destinado...sem hora marcada para chegar ou partir...Poder não pensar em nada, só dar risada, só ser feliz...Poder esquecer que tudo o resto existe...e que podemos ser felizes se por vezes nos deixarmos fugir...do tudo e do nada...
Simplesmente ....Fugir!

Pedido

Hoje o meu post é mais um pedido que outra coisa.
Para aqueles que lêm o meu blog, gostava de saber se há algum de vós que tenha para vender este filme em DVD, ou se sabem onde posso arranjar? De preferência com legendas em português?

Podem ajudar-me neste procura??
Muito obrigado a todos vocês !!!!

sábado, maio 13, 2006

Anda, entra
Neste carrocel
Sente o cheiro
Cavalinho de papel
Anda sentir
O coração pular
Este carrocel
Não vai parar
Olha o céu
Está a girar
Não olhes pró chão
Deixa-te levar
Mete a cabeça pra trás
Deixa o cabelo voar
Este carrocel
Faz-te vibrar
Olha as coisas
As casas, as flores
Tudo anda à roda
Perfeitos amores
E neste momento
Solta alegria
Ri sem parar
Goza este dia
Ainda tens idade
Para curtir isto
Aproveita o momento
É o que vais levar disto
Vais vêr que um dia
Te irás lembrar
Das voltas e voltas
Que demos sem parar
E ao olhares para trás
Vais ficar contente
Por andares aqui
Como toda a gente
E é mesmo assim
Toda esta vida
Carrocel à roda
De chegada e partida

sexta-feira, maio 12, 2006


O meu filho mais novo é demais! Temos andado a ensinar-lhe algumas palavras em inglês e no
outro dia perguntou-me:
-Mãe o que é uma bufa?
Eu, cheia de vontade de rir, lá lhe expliquei que uma bufa é a mesma coisa que um peidinho mas sem fazer barulho. Ao que ele respondeu com a seguinte pergunta:
- E isso é em inglês ou português?
Desmanchei-me a rir!!!

Queria...

Queria poder desfrutar
Deste momento para sempre
Poder estar assim
Sem ter de estar presente...
Queria poder ficar

Deitada aqui no chão
Não ter de dizer nada
Deixar de dizer não...
Queria poder sentir
A brisa quente do ar
A onda do mar que embala
Não ter de naufragar...


Queria poder dizer
Tanta coisa pensada
Coisas não ditas um dia
Que agora não valem nada...
Queria poder lutar
Com as mãos já cansadas
Poder fazer justiça
Pelas crianças maltratadas
Queria poder mandar
Poder ter opinião
Deixar de ver pelas ruas
Pessoas a dormir no chão
Queria poder voar
E levar gente comigo
Poder chorar à vontade
E ter sempre um ombro amigo
Queria poder saber
Que a fome acabou
Que não há guerra no Mundo
Que o Amor ganhou...
Queria poder tanta coisa
Mas não me deixam falar
Vou apenas sonhando
Até o meu dia chegar
E enquanto ele não chega
Enquanto por aqui andar
Vou a todos dando
O Amor que tenho pra dar!




quarta-feira, maio 10, 2006


Sou um anjo caído...Destituído de vida
Nada espero agora
Sou uma ave caída...Queria poder voar...Conhecer outras paragens...
Mas sem a mente activa...Tenho apenas visagens...
Sou um anjo caído...Destituído de amor...
Não consigo sarar a ferida...Não vivo do esplendor...
Sou um anjo caído...Destituído de sorte...
Não sou nada do que fui...Já só me resta a morte...
Sou um anjo caído...Que não se irá levantar...
Fico aqui sozinho...Não conseguirei mais amar...
Sou um anjo caído...Sem ninguém a quem falar...
Deixo-me ficar tombado...Tenho medo de voar...
Sou um anjo caído...Com muitos medos na alma
Vou-me deixando ficar... Para vêr se o mar me acalma
E é neste lugar, nesta praia, imensidão
Que me vou deixar ficar até sarar o coração...
E talvez ... um dia consiga...
Bater asas para sempre...
Ser feliz e encontrar...
Paz para a minha mente...

Anda, vem...Não precisas de me procurar mais...Estou aqui..
Anda, estou à espera que leves o que resta de mim...
Anda, então? Não estás preparado?
Anda, estou à espera...Não fiques parado...
Anda, já não tenho nada de mim
Anda, sabes que só te tenho a ti...
Anda, acaba com esta tortura...
Anda, tira-me a amargura...
Anda, mas vem com calma... Não corras...
Anda, já só me resta a alma...
Anda, estou à tua espera...
Anda, corta as amarras que me prendem à vida...
Anda, já tens tudo...nada me resta agora...
Anda, tira a minha alma para fora...
E quando a tiveres, a puderes agarrar...
Vou fechar os olhos e descansar...
Deixa o meu corpo cair...
Deixa-o assim ficar...
Aqui não faço mais nada...
Mais não te posso dar...

Sinto-te como uma leve brisa junto ao mar...
Sinto-te como o sol de verão a queimar a pele...
Sinto-te como uma onde gelada no corpo...
Sinto-te como o cheiro de um bouquet de flores...
Sinto-te como pela primeira vez que te senti...
Sinto-te como roupa de lycra colada ao corpo...
Sinto-te como uma aragem quente no deserto...
Sinto-te como uma tempestade em dia de sol...
Sinto-te como uma noite amena de luz cheia...
Sinto-te como quente em dia de inverno...
Sinto-te ...tanto...
E quero sentir-te ...
Sempre junto de mim...

terça-feira, maio 09, 2006

Flores Negras em Forma de Rosas!


Finalmente o nosso livro foi editado!

Brevemente postarei a data e local de lançamento.
Contamos com a vossa presença!
Se algum de vocês estiver interessado em adquirir um mandem-nos um mail para entrarmos em contacto.
Aqui fica um dos poemas:

Murcha
Murcha o tempo
Murcha a flor
Murcha a chuva
E o amor
Tudo murcha
Tudo cresce
Tudo se alastra
Tudo se esquece
Murcha a vida
De uma flor
De uma árvore
Do amor
Cresce a vida
Cresce a flor
Cresce a árvore
E o amor
Tudo murcha
Tudo cresce
Tudo morre
Tudo esquece
Tudo nasce
Sobrevive
Cresce, murcha
Murcha e vive


Ficamos à espera das vossas encomendas :)

sábado, maio 06, 2006


Procuro dentro de mim
Uma maneira de fugir à dor
Castrante que me impede
De sair, de partir...
Procuro algo na multidão
Que me cerca, rodeia
Sinto-me tão presa...
A uma espécie de teia
Uma aranha gigante
Cerca a saída
E eu estou realmente...
Perdida...na vida
Estou na escuridão
Remeto-me à solidão
E penso no amanhã
Se será desilusão...
Do que me rodeia
Não resta nada de bom
Quero apenas partir
Para muito longe
E no ir e no vir
Algo de bom há-de surgir...
O amanhã poderá ter
Um final diferente
Uma estória de gente
Preocupada, decente...
O que está para vir
Não posso prevêr
Deixo-me estar
Apenas a escrever
Coisas sem sentido
Que tenho na cabeça
Não interessa se interessam
A alguém ou até a mim
Passo apenas aqui
O que tenho dentro
Ou fora... assim...
Há-de haver quem ignora
Outrora, passado presente
Do inconsciente da mente
Poderá ser inocente?
Demente...
Quem sente o que sente...
Com certeza ...que é crente
Em algo na vida
Na entrada ou na saída

Na ida ou na partida
No começo ou no fim
De toda uma vida
De labirintos cruzados
Sem qualquer saída
De portas trancadas
Janelas fechadas...

Queria poder dizer-te as coisas que passei
Poder ser diferente e dizer que não te amei
Queria poder contar-te sonhos
Ilusões de amor, coisas esfumaçadas
À custa de muita dôr...
Queria poder dizer-te
Que não gostei das nossas noites de amor
Que detestei todos os presentes que me deste
Que odiei as loucuras feitas aqui ou ali
Que nunca gostei de te ter dentro de mim
Sim, dentro de mim...
Foste como uma droga
À qual me agarrei e acreditei
Ser capaz de largar a qualquer momento
Mas isso era apenas ilusão da minha mente
Sim, dentro de mim...
Na minha cabeça não havia lugar para mais nada
Só tu a preenchias, com ilusões
Muitas fantasias e decepções
Sim, dentro de mim...
Sempre que nos abraçávamos
Sempre que te sentia dentro de mim
E acabávamos por fazer as pazes
Ou não...
Sim, dentro de mim...
Durante anos sofri
Calada, impaciente, deprimida
Acreditava que te mudaria
Mas esse dia (sei-o hoje) jamais chegaria
Sim, dentro de mim
Porque me consumias o sangue
Bebias do meu choro
Comias da minha carne
E largavas-me...sozinha
Queria tanto tanta coisa...
Mas hoje não quero nada
Quero ficar assim....calada

Felicidade


Procuro-te na imensidão da noite
Sinto que estás perto mas não te vejo
Anseio que o dia amanheça e te possa encontrar
Mas a luz do sol pode não me deixar...
Sei que bateste à minha porta tantas vezes
Mas não te deixei entrar..
Agora procuro-te por todo o lado...
Onde estás???
Diz-me onde te escondes,
Dá-me um sinal...
Procuro-te no mar revolto, na areia fria
Procuro-te todos os dias, em cada esquina...
Procuro-te na rua, na cidade
Mas tu não apareces...
Existirás de verdade?
Queria tanto saber que ainda te posso ter
Que ainda há a esperança de te encontrar
Deixa-me agarrar-te com toda a minha força
Não te deixarei mais ir embora...
Dá-me mais uma oportunidade,
Deixa-me ter-te...
Onde estás?
Deixa-me encontrar-te...

sexta-feira, maio 05, 2006


Cabelo seboso
Pele ressequida
Unhas pintadas
Contam uma vida
O que aconteceu
Ninguém vai saber
Pois esta figura
Quer-se esconder
Inventa estórias
E faz teatro
Esta figura fraca
Tipo carrapato
Deixa-se pisar
Sempre que precisa
Não joga bem
Se está na defensiva
Muitos a procuram
Ao cair dos dias
Para nada sentir
Inventa fantasias
Imagina-se outra
Num corpo diferente
Mais bonita e limpa
Com outra mente
Estradas nocturnas
Campos vazios
Já viu colegas
A boiar em rios
Todos os dias
Pensa em mudar
Mas não consegue...
Deixa-se ficar

quinta-feira, maio 04, 2006


Flutuo...
Num mar imenso de amor
Espero...
Que venhas acalmar a minha dôr
Não posso...
Sair daqui sem ti
Vou ficando...
A flutuar por aqui
Eu vou fingir...Acreditar
Que me virás buscar
Num barco...
Coberto de pétalas de rosa
Não sei..
Se vou aguentar por muito mais tempo
Mas quero...
Agarrar-me às ondas do amor
E deixar-me ir
Sem forças, sem dôr
Olho...
O céu cheio de pássaros
E sinto...
Vontade de voar também
Mas não posso...
As asas foram quebradas
Apenas flutuo...

quarta-feira, maio 03, 2006

Para ti Paula


Queria poder estar estar aí...pertinho. Poder abraçar-te, olhar-te nos olhos e ver-te sorrir...Queria poder dizer-te que és linda, adorável...Uma grande amiga. Mas não posso...sinto-me atada de pés e mãos...E tu? Aí...tão longe...Queria acordar bem cedo, agarrar em ti e levar-te a vêr o sol...fazer-te sentir a água do mar...tão fria e relaxante...Poder estar contigo e fazermos coisas que fazíamos à anos (muitos) atrás...Rirmos, rirmos muito até as lágrimas verterem dos nossos olhos...Apanharmos um comboio e ir quem sabe, até ao...Burralhal...Passarmos no túnel da Torre e rirmos novamente...Recordar-mos os momentos passados e ter saudades do que vivemos juntas... Das ondas a rebentar e sermos levadas até à beira mar...Queria tanto e posso tão pouco...Está para breve...Vamos conseguir estar juntas novamente...Acho que sim, não há-de demorar...Todos os dias o sol nasce... e a lua...esperará por nós...
Amoro-te!!!

terça-feira, maio 02, 2006


Sinto o chão a fugir a cada passo que dou
Não sei para onde ir, nem sei onde estou
Sinto-me numa encruzilhada, num bêco sem saída
Estou triste, desamparada, sinto-me a perder a vida
A água que corre bem longe, consigo ouvi-la a cair
Deixa-me a garganta seca...quero fugir...
Mas não consigo lá chegar..
Estou há horas prostrada no chão,
Já nem tenho forças, perdi a razão...
Estou perdida, sem eira nem beira
Não vejo ninguém vivo...
Apenas resquícios de vidas
Cabeças a rolar e aves roliças...
Eu tento mas não consigo
Vou-me arrastando...
A vêr se escapo com vida...
Mas é impossível
Não vou conseguir
Nem amor já tenho
Para daqui fugir
E deixo-me ficar
Os olhos vão-se fechando
Vou perdendo os sentidos
E vou-me ficando....

Estou só amor,
Estou perdida, abandonada...
Esqueceste-te de mim?
Da minha existência?
O ontem foi tão bom...não foi?
O que esperas para vir?
Anda, vem, fica junto de mim...Dentro, fora, ao lado, aqui...Vem contar-me estórias de amor, paixões, anda...
dá-me a mão...Fica assim, por perto...Olha para mim, vê-me como eu te vejo...Vem brincar...estou aqui...
Agarra-me a mão, sente o meu corpo...
Vem, caminha comigo...junto a mim...
Vem vêr o arco iris, a chuva, o sol....
Fica assim, quieto...Anda, não me deixes aqui sozinha, abandonada....Estou triste, só....Anda...
Vem dar-me um abraço, um alento...Fala, diz-me o que queres que eu faça...Diz...Eu faço. Estou só, tão longe....
Anda, vem fazer-me feliz com as tuas palavras, teus gestos, teu amor...Anda...dá-me a mão, o corpo, a explosão...Quero que venhas sentir-me...feliz...
Anda, agora...estou à tua espera...

Estava um dia de muito calor. Ele, como sempre estava apenas de calções. Andava por ali assim. Tinha um corpo espectacular. E eu...passava a vida a olhar para ele. Tudo bem, era um bom bocado mais velho, mas e daí? Tinha um corpo espectacular! E não tinha mal nenhum eu olhar... A Rita, chegou-se à beira da piscina e num tom de brincadeira, perguntou-me se estava apaixonada pelo irmão dela. Tás parva? disse-lhe em tom chateado. Era óbvio que não estava. Mas, gostava de apreciar o seu peito moreno...a sua bundinha...
Levantei-me da beira da piscina, e qual não foi o meu espanto, quando ele me pegou ao colo e atirou-me para dentro de água! Fiquei fula, mas não fui capaz de protestar. "Não sejas maricas, pita!" Pita? Ele tinha dito: pita? Fiquei furiosa, saí da piscina e quase que explodi. Mas não...consegui conter-me e dar-lhe um sorriso. Ele ria feito parvo. Passados uns dias, voltei a casa da Rita. Ao fim de umas horas deitada ao sol, fui à cozinha buscar água. Ele estava lá...
Entre um olá tudo bem, perguntou-me se queria ir até ao quarto dele. Para quê? perguntei com um ar muito inocente. Tenho algo para te mostrar...disse ele em tom de gozo. Fiquei super excitada....Disse-lhe que não, que a irmã dele estava à espera da água.
Ela que espere...vens? Senti-me tentada. Senti os seus dedos a tocarem-me nas costas, no fecho do biquini...Acedi. Quando estávamos a subir as escadas, tocou-me novamente. Estás queimadinha! Não fazes top less? perguntou. Respondi-lhe apenas com um simples não.
Queres vêr uma coisa? perguntou. Eu, cheia de excitação, disse que sim...já estava a imaginar o filme todo. Se queres vêr, tens de tocar primeiro. Ui!!!Ele estava a deixar-me com os nervos em franja. E toco! respondi. Ai tocas? E não vais ter medo? Claro que não tenho medo! Mostra lá...
Calma....disse-me ele. Tem calma...Não podes fazer barulho, ok? Respondi que sim, que não faria barulho. Já estava a imaginá-lo todo nuinho...ai...
Espera um pouco...não entres.
Fiquei à espera à porta, e enquanto ele não a abri-a, imaginei mil e uma coisas....Estava a delirar...Mas não podia ceder, teria de deixá-lo em ponto de rebuçado, para depois me cortar a fazer fosse o que fosse. Ele iria vêr quem era a "pita!".
Podes entrar...vem. E fui.
Abri a porta, e ele perguntou-me se queria tocar na cobra. Ui! Já não sabia se deveria de ceder ou não... Durante breves segundos fiquei indecisa, mas disse que sim. Que se lixasse a vingança! Então, se queres tocar na cobra, deita-te aqui. Deitei-me. Ele estava com o seu belo tronco debruçado sobre mim...e eu...estava mais que excitada.
Tens a certeza que não tens medo? Não!respondi já quase a explodir.
Fecha os olhos. Já fechaste? respondi que sim.
Foi aí que aquele cabrão, me pôs uma cobra, mas uma cobra mesmo, na mão! Fiquei em pânico. Fartei-me de gritar! Corri apavorada pelas escadas abaixo, peguei nas minhas coisas e bazei!
E a partir desse dia, nunca mais fui a casa da Rita.
Foi uma pena...deixar de vêr aquele corpinho...Paciência!
Queria poder dilacerar
Os nós que me prendem aqui
Não posso imaginar-me
Estar mais tempo assim
Queria poder fugir
E ninguém me encontrar
Ficar num Mundo só meu
Onde ninguém podia entrar
Queria poder dizer
Deitar para fora o que sinto
Poder falar sem parar
Pois sabes que eu não minto
Queria poder saber
Que não levarias a mal
Tudo o que te dissesse
Assim..tal e qual
Queria tanta coisa
Que nem sei o quero
Mas quem sabe um dia
Encontrarei o que quero
Paz...muita paz
Espero encontrar
Um dia quem sabe...
E aí poderei parar
Parar de pensar.....