sexta-feira, abril 28, 2006

Iamos de carro, já nem me lembro para aonde. A dor de cabeça era tanta, que as luzes dos faróis dos outros carros, levavam-me a fechar os olhos. Ele estava cheio de sono...e eu preocupada...estava com medo que ele adormecesse ao volante. Tás bem? perguntei-lhe vezes sem conta. E ele, acenava com a cabeça afirmativamente. Fala! Porra! Fala! E dizia que sim...mas com uns olhos...parecia que as órbitas iam saltar fora. Doía-me muito cabeça. Muito, mesmo! A estrada parecia não acabar. Parecia que estávamos a ir para lado nenhum (belo nome).... Apanhei o cabelo, estava calor...Ele continuava meio acordado, meio a dormir. A buzina de um camião fez-me abrir os olhos. Porra! Trazia os máximos ligados. Tás bem? Voltei a perguntar-lhe. Disse-me que sim. Sugeri-lhe parar, para apanhar ar. Respondeu-me que não, queria chegar depressa ao destino. Calei-me. Também estava farta, e queria era tomar um banho e relaxar...
Olhei para ele, tinha fechado os olhos por momentos. Fiquei chateada e pedi-lhe que parásse. Disse-me novamente que não. Foi aí que me lembrei de algo que poderia mantê-lo acordado...
Passei-lhe as mãos nas pernas suavemente. Os olhos arregalaram-se logo...Continuei, vi que ele estava a "despertar". Gostas? Disse-me que sim que não parásse. Abri-lhe o fecho das calças...sorriu. Continua..disse em tom provocatório. Estás mais desperto?Perguntei-lhe. Disse-me que sim com um sorriso de orelha a orelha. Foi aí que decidi que para mantê-lo desperto o resto da viagem, teria de tomar uma medida drástica. Puxei o braço atrás e zás! Dei-lhe duas bofetadas. A reacção dele não foi a melhor. Mas até chegar ao destino, não adormeceu...passou o resto da viagem a descompôr-me. Foi engraçado!

quarta-feira, abril 26, 2006

Imaginação


Deitei-me no chão
E pus-me a pensar
Se estivesses ali
Onde iríamos parar
Imaginei-te cego
Sem olhos para ver
Onde eu poria as minhas mãos
Que te iriam dar prazer
Estarias surdo
Sem poder ouvir
Os barulhos que eu faria
Quando te estivesse a sentir
Falar, não falarias
Pois, estarias mudo
Da tua boca não ecoaria
Nenhum som, nenhum agudo
Tuas mãos estariam presas
Sem poderem me agarrar
Estariam bem amarradas
Para te poder massacrar
E no fim deste momento
De toda esta imaginação
Dar-te-ia os sentidos
E explodiríamos no chão

Na ida, na vinda, no sonho ou na realidade, algo me diz que vivo da saudade...
Saudade dos tempos em que brincava, ao elástico, à macaca, à apanhada...
Tempos passados, vividos em rebeldia, sonhos de criança por realizar um dia...
Imaginando que ao crescer tudo melhoraria, queria ser grande e tudo mudaria
Mas isso era apenas uma utopia, cresci, não melhorei...apenas mudei
Apesar da mudança, ainda penso muitas vezes naquilo que fui
Só não quero pensar naquilo que serei...
Sou o que sou hoje, não sou o que fui ontem
Há sempre algo que fica daquilo que fomos outrora...
E é esse pouco que fica, que nos leva a lembrar
Que tudo o que quisemos um dia
Não conseguimos concretizar...
Há sempre algo que fica, não conseguimos agarrar
Por muito que tentemos nunca iremos apanhar...
Às vezes esqueço-me de como é bom ser criança
Correr, saltar, pular, ser livre, em nada pensar...
Às vezes quero ser mais criança
Mas os adultos não me deixam...

Ai..


Hoje, estou em dia não...
Apetece-me escrever, mas não sai nada de jeito....
Estou preocupada com a Paula. Sei que a operação correu bem, mas o simples facto de não puder estar ao pé dela, sabendo que está sozinha (tem os filhos, ok), deixa-me triste...
Eu, também não ando muito bem...tal como a Paula, também ando a tratar de coisas que há muito tempo já deveriam ter sido tratadas, mas há sempre um dia, né? Antes tarde que nunca.
Sinto-me vazia....não sei porquê, mas sinto-me...
Problemas e mais problemas....Quem não os tem, né?
Apetecia-me "agarrar" em mim e desaparecer para um sítio em que ninguém me encontrasse. Será possivel? Penso que não...Mas gostava...
Acho que quando chegar a casa vou meditar. Alguém me disse que faz bem à alma, e realmente faz. Pode ser que a minha alma se afaste para longe da realidade, nem que seja por breves instantes....

sábado, abril 22, 2006



Depois de ter visitado o blog do blackdragon, e o da Paula, não posso deixar de escrever também umas palavras sobre aqueles que para mim são importantes. Claro que, não vou falar da tia, do tio, ou do avô...Mas sim, de pessoas que diariamente me marcam de uma ou outra maneira.
Pessoas que estão na minha vida, e que apesar de estarem de longe, todos os dias estão comigo.
Os meus filhos: O mais importante da minha vida. Não há palavras para explicar o quanto significam para mim, mas são com toda a certeza, o melhor e mais importante que tenho!!! Dão-me muitas dores de cabeça, mas também muitas alegrias! AMO-OS MUITO!!!
O meu marido:Companheiro, amigo, colega, confidente. Tudo o que podia desejar! No entanto, um bocadinho "despistado". Mas amo-o de paixão!!!
A Paula: Já me deu muito na "cabecinha" (e eu a ela). Sempre presente (apesar de estar muito longe), a dar-me forças. Uma pessoa muito especial que espero em breve reencontrar para podermos passar horas a relembrar as nossas aventuras ao longo deste 15 anos! Super Especial!
O Cândido: Amigo, colega, bombeiro, homem dos setes oficios. Da boca dele nunca sai um não. Já são seis anos a aturar-nos um ao outro...Amigalhaço!
O Alex: Amigo, colega, artista (da rádio e da revista). Não expressa muito os seus sentimentos, mas sei que gosta de mim...Conselheiro, bom ouvinte, é bom tê-lo por perto. Temos algumas "discussões", mas acaba sempre tudo bem...Ainda não cheguei a perceber se sou eu que sou muito chata, ou se é ele que é muito despistado...Mas não interessa! Amigalhaço!
A Marta: Sobrinha, amiga, confidente. No entanto, apesar de estar perto...está longe. Mostrou que quando se luta muito consegue-se o que se quer. Há que sermos humildes! Adoro-a pela força de vontade e capacidade de luta que tem. Super especial!

Claro que muitas outras pessoas importantes. Mas estas não podia deixar de mencionar. A todas as outras um grande Beijo!!!!

Chuva


Toca o despertador, ensonada desligo-o. Levanto-me, calço os chinelos e puxo a persiana. Tá a chover...Que merda! Logo hoje! E agora? Tinha pensado ir até à serra, apanhar ar, namorar um bocado! Que merda! A campainha toca...é ele. Já chegou, e eu nem sequer estou vestida! Espera um pouco, digo-lhe com calma. Visto o robe, dirijo-me à porta. Ele entra. Dá-me um beijo de bons dias, mas noto que não está bem. Peço-lhe para esperar enquanto me visto. Falamos do tempo, do que iremos fazer. Volto para a sala já vestida. Ele continua estranho. Pergunto-lhe o que se passa, ele foge à questão. Sirvo-lhe um café feito à pressa e abraço-o. O abraço dele é diferente. Sentamo-nos e insisto para que me diga o que se passa. A muito custo diz-me que tem uma má noticia para me dar. Quero saber o que é, ele rodeia e rodeia...Acaba por me dizer que a ex-namorada está grávida...dele! Meto-o porta fora! Choro durante horas...
Tá de chuva...ainda não parou...Que merda!!!

quarta-feira, abril 19, 2006

Partida

Vou-me retirar
Deixar o pano cair
Acabou a peça
Tenho de partir
Vão comigo na alma
Os actos, as pessoas
Desta peça de teatro
Coisas más e coisas boas
O pano volta a subir
Eu agradeço com calma
Sinto-me assim, a perder a alma
Ouço as pessoas
E estão a aplaudir
Tenho vontade de chorar
Mas para elas tenho de rir
Elas não percebem
Estão em euforia
Retiro-me com calma
E tamanha alegria
Volto costas ao palco
Já não ouço ninguém
Parto descansada
Vou para o além

Dino



Quem é que não ouviu falar da tragédia que aconteceu no passado domingo, dia de Páscoa?
Pois é...o "nosso" Dino encontrou a morte ao volante do seu carro. Posso dizer-vos que fiquei em choque...tão novinho (22 anos). Não será preciso dizer, que esta tragédia afectou os meus filhos...eles são fãs dos Morangos!!! E era a minha personagem preferida!!!Fiquei preocupada com o facto de o meu filho mais velho parecer-se tanto com o Dino: vive a 200 à hora! Leva tudo na boa, mas sempre a 200! É um pintas, tal como o Dino era. Isso realmente preocupa-me...Fico a pensar no futuro, e se algum dia teremos um desgosto parecido...Deus queira que não!
O que é certo, é que morrem milhares de jovens nas nossas estradas. Claro, que não damos conta desses milhares, até porque, são "anónimos"! Pode ser que esta tragédia, até venha a ter algum sentido positivo: que todos os jovens ponham os olhos no que lhes pode acontecer ao andarem a "200 à hora"! À familia do Dino, os meus pêsames, e ele que descanse em paz!!
Peço desculpa a quem achar isto uma grande lamechiche, mas eu não podia deixar de escrever estas linhas sobre algo que me sensibilizou tanto!
Paz!

Nostalgia


Conversas maradas
Em tempo idos
Tenho saudades
Dos meus amigos
Já não os vejo
Faz tanto tempo
Gostava de vê-los
Num dia com vento
Num dia de sol
Ou mesmo a nevar
Gostava de com eles
Poder conversar
Uns já nem sei
Para onde foram
Outros já nem lembro
Aonde moram
Belos tempos
Aqueles do liceu
Em que imaginava
O mundo ser meu
Sonhos de jovens
Meios desatinados
Foram só sonhos
De tempos passados
Todos crescemos
Seguimos nossas vidas
O tempo não pára
Mas seca as feridas
Recordo agora
Com nostalgia
Os tempos passados
Aquela alegria

Enterro


Abro a gaveta
Onde tenho guardadas
Todas as coisas
De vidas passadas
São vidas e vidas
Vividas numa só
Vivi tanta coisa
Mas estou tão só
Pego numa caixa
De papelão
Deito-lhe lá dentro
Cada recordação
Não quero deixar
Nada guardado
A não ser algo
Que não me tenha magoado
Coisas e coisinhas
São tantas, carradas
E ao vê-las
Dou algumas risadas
Namoros, amigos
Fotos sem parar
Algumas guardo
Outras vou rasgar
Poemas, moradas
Telefones, anéis
Alguns vão para o lixo
Outros guardo com papéis
Papéis escritos
Outros riscados
Coisas que escrevi
Em dias marados
A gaveta assim fica
Sem vida, vazia
É o enterro
Das coisas do dia a dia

Não sei


Sinto, apesar de estar imune a sensações
Penso, apesar de na minha cabeça não haver espaço para pensar...
Quero, apesar de nada querer da vida...
Espero, apesar de já não ter esperança...
Sento-me, levanto-me, ando, páro....
Não sei o que fazer, apesar de querer realizar objectivos...
Creio, apesar de ser céptica...
Lembro, apesar de já ter esquecido tudo...
Não sei, apesar de saber tanta coisa...
Amo, sem sequer saber o significado do que é amar...
Faço força, apesar dos meus mebros estarem partidos...
Espero, apesar desta hiperactividade que não me deixa parar...
Mas quero, quero muito descobrir aquilo que procuro
Sem conseguir encontrar...

terça-feira, abril 18, 2006

Hoje é dia..




Pois é...
Hoje é dia de descarga! É dia de descarregar os peixinhos que estão a chegar de muuuuito longe e aclimatá-los nos aquário...Buh! É muito cansativo, mas apesar de tudo, posso-me dar por feliz em chegarem perto das 19horas. É que normalmente descarregamos de madrugada!
E é tão chato...sair de casa às 2 ou 3 da manhã para vir descarregá-los às vezes até ao meio dia...
Hoje não é assim tão mau..apesar de ser....
Mas uma coisa garanto: são LINDOS!!!!Dá gosto vêr!!!!
E eu, estou a preparar-me..bem...o melhor é ir jantar!!!!
Até breve!

sábado, abril 15, 2006

Foice


Na escuridão
O silêncio reinava
Esperava-se por ela
À hora marcada
Viria nessa noite
Sem dó nem piedade
Atingiria todos
Sem nenhuma humildade
Ventres desventrados
Cabeças a rolar
Ela estava atenta
Àquele manjar
Penetrava na mente
No corpo, na alma
Por onde passava
Reinava a calma
Impiedosa, fugaz
Como sempre havia sido
Por onde passava
Acabava o ruído
Era vê-la a passar
Com seu olhar castrador
Passava por todos
Mas não causava dôr
E ao terminar
Já cansada e farta
Voltava ao início
À sua luta ingrata

A Besta


Haveria besta maior que aquela? Ninguém tinha dado por nada, mas todos sabiam que em noite de lua cheia ela apareceria.
Meio lobo meio homem(mulher), rondaria as suas casas, as suas terras e alguma coisa iria morrer...
Naquela noite precaveram-se e recolheram o gado para dentro. Fecharam as cavalariças a sete chaves e foram-se deitar.
A badalada da meia noite, soou mais forte que nos outros dias: era noite de lua cheia. Ouviu-se um rugido ao longe e de repente tudo parou.
As pessaos ficaram em sobressalto, com medo do que lhes pudesse acontecer. Viam-se luzes acesas em todas as casas, mas a respiração... essa era imperceptível....Facas, espingardas, tesouras, foices, todos tinham algo na mão, apesar de saberem que nada deteria a besta.
Um grito, dois gritos, um guinchar...E os corações das pessoas ficaram apertados, tal gomo de laranja esborrachado na mão...Contaram-se os minutos, as horas até ser dia...
Ninguém tinha dormido, e as suas caras de noite mal passada eram evidentes ao olhar de quem os via...
Da besta, não havia vestígios, apenas uma poça de sangue junto à uma das cavalariças.
Lá dentro, todos os cavalos mortos à dentada....Mas a porta, essa mantinha-se trancada.
Por onde teria entrado a besta? A porta mantinha-se fechada, janelas não havia...Teria vindo por debaixo do chão? Donde tinhe ela vindo?
O medo, a ansiedade, a frustação, eram bem visiveis nas caras dos camponeses.
Por onde é que aquela besta teria entrado? E ainda hoje, passados cem anos, e já depois de toda a população ter sido exterminada, bem como todas as outras que se seguiram, permanece o mistério: Por onde entrava a besta??

Inicio


Dentro de um corpo
Rodeada de água
Estava tão quentinha
E não havia mágoa
Passados uns tempos
Vim cá para fora
Fiquei maravilhada
Não pensei em ir embora
Deixei-me ficar
Sempre rodeada
De pessoas amavéis
Sentia-me amada
Mas fui crescendo
E aprendendo a viver
Com o passar dos anos
Vim-me a arrepender
Vi coisas horríveis
Pessoas diversas
Umas trataram-me mal
Outras fizeram-me promessas
Passados tantos anos
Pensava que isto ia mudar
Mas afinal enganei-me
Ainda vai é piorar
E agora arrependo-me
Já não posso voltar
Para aquele lugar pequeno
Onde eu estava a morar

Não sei porquê...


Ela andava pra trás e pra frente. Murmurava algo imperceptível. Ele, sentado no sofá a lêr o jornal, mantinha-se sereno. Ela lá continuava, pra trás pra frente. Não se conseguia perceber o que murmurava, mas ele também não se importava muito com isso. Ao fim de uns cinco minutos de pra trás e pra frente, ela deu um grito e desatou a chorar. Ele, que tinha estado calmamente a lêr o jornal, finalmente pergunta-lhe: O que é que foi?
Nada! respondeu ela.
Nada? E esse grito? Foi o quê?
Foi uma merda! É o que foi!
Ó pá! Deixa-te de cenas! respondeu-lhe, enquanto voltava novamente a pôr a vista no jornal.
Claro! Isso! Deixa-te estar! A lêr o jornal é que estás bem! Eu? Eu não te interesso para nada!
Foi nessa altura que ele se levantou e a agarrou.
Tou farto destas cenas, percebes? Farto!
Ela desata a chorar e no seu pranto desfalece. Ele larga-a, deixando-a de joelhos no chão. Vira costas, agarra no jornal e sai porta fora.Ela deixa-se ficar no seu choro compulsivo. Passadas algumas horas, ele entra em casa e o jantar está na mesa,como sempre. Ela, já de cara lavada senta-se à mesa e começa a servi-lo. Nem uma palavra sobre o que se tinha passado horas atrás. Ela levanta-se dá-lhe um beijo e deita-se. Ele segue-a, e deita-se ao lado dela.
Amo-te. diz-lhe ao agarrá-la contra ele.
Eu também te amo. responde-lhe ela com as lágrimas nos olhos.
E assim ficaram os três: ele, ela e as nódoas negras dos braços dela


sexta-feira, abril 14, 2006

O Manel

Não sei bem porquê, mas lembrei-me agora de um puto que andou comigo na pimária. Chamava-se ( ainda se chama, espero eu) Manel. Era um puto castiço. Além de ser o mais velho de 5 irmãos, ele cuidava deles e tinha sempre um sorriso na cara. Era um pouco burro, é verdade, mas também não acredito que ele tivesse tempo para dar muita atenção aos livros...até porque, diga-se de passagem com aquela idade, queríamos lá bem saber dos livros.
Os pais do Manel não tinham muitas posses (a bem dizer, quase nenhumas) e de vez em quando era uma ou outra vizinha que dava roupa e sapataos ao Manel e aos irmãos dele.
Um dia, o coitado do Manel apareceu na escola com uns sapatos novos, quer dizer, novos nos pés dele...O raio dos sapatos destoavam comó caraças nas calças meia canela e no blusão cheio de remendos nos cotovelos. Um puto parvo da sala ao lado, vai de gozar com o Manel. Conversa vai, conversa vem e chegam os dois à conclusão que os sapatos tinham sido do tal puto parvo.
"Tás com muita sorte! Até tens um sapatos meus! E dos bons!
O Manel não vai de modas: Tira os sapatos e atira-os ao outro!
Quando entrámos na sala, a professora perguntou-lhe porque estava descalço.
Ele riu e disse: Coisas que acontecem! E largou um sorriso do tamanho do Mundo.
Acábamos por nos desatar a rir e foi um fartote!
Isto só me leva a concluir que temos de ser felizes com o que temos.
Não importa o que os outros têm, desde que nós tenhamos saúde ( O Manel não se constipou por ter andado descalço, enquanto que o outro puto passava a vida com sinusite)!

quarta-feira, abril 12, 2006

A Esfera

Oi!
Deixo aqui um cheirinho do meu livro e do Alex que está prestes a ser editado.
Já falta pouco!!!! YES!!!!
Paula, tenho pena que não possas vir ao lançamento!!!

A ESFERA
Dentro da esfera
Que roda sem parar
Aprisionam-se pessoas
Que não param para pensar
A esfera é muito grande
Ninguém se encontra lá
Ela não pára de andar
Uns para aqui outros para acolá
Passam uns pelos outros
Sem sequer reparar
Que dentro da esfera
Não há tempo para amar
E assim vão passando os anos
Meses, dias, semanas
Dentro da esfera da vida
Onde não há pessoas humanas
São pessoas objecto
Com movimentos castrados
Que vivem dentro da esfera
Sem amar, sem serem amados
E assim vão andando
Pensado serem felizes
Quando chegam à conclusão
Que não passam de infelizes
E é vê-los a sorrir
A cantar ou a dançar
Enfeitiçados pela esfera
Que não pára nem pode parar

Deixem os vossos comments, ok?

Aleluia!


Pois é...
Tava dificil de postar. Obrigado Lisa!!!

Sabem...tenho andado em baixo...Pensava que as férias da Páscoa dos meus meninos iam ser um descanso para mim...(foram passá-las com os avós)...mas não...enganei-me completamente! Não é que em vez de aproveitar as noites para poder namorar, ir ao cinema, ao teatro (fui uma vez!! Fomos vêr a peça Memória da Água, que diga-se de passagem, é espectacular!), passo-as com saudades deles! De olhar fixo na TV... Sim, até porque o Mário montou um aquário de água salgada(com apenas uns 2 metros) na sala e agora é a menina dos olhos dele. Mas eu compreendo! Ele ama de paixão!
Ai...pois é, estou tão habituada a estar com eles, que me fazem falta! O que vale é que amanhã é quinta feira e eles estarão de regresso! E aí vai começar o stress! E depois o pior...é que vou chegar à conclusão que não aproveitei como deve de ser as minhas "férias da Páscoa"! Que coisa! "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come"...
Estou ansiosa pela chegada da Paula, que se Deus quiser será em breve! Força, amiga!
Parece-me que o Verão vem aí...digo eu...hoje está um calor do "caraças"! Já me estou a imaginar a dar grandes mergulhos na piscina (é que no verão aproveito as horas de almoço e dou uma escapadela à piscina aqui do Cartaxo...almoçar? Pra quê?)
E agora tenho de ir...trabalhar!
Fiquem bem!